A superintendente do Instituto IRIS, Lila Lopes, o professor e presidente do Fundo Baobá, Hélio Santos, a pesquisadora Giselle Santos, representante do CEERT e Fopir e Daniel Teixeira, advogado do Fopir, participaram da Mesa Aberta “Ação e reação: Genocídio da Juventude Negra x Políticas Afirmativas”, realizado nesta quinta-feira (15), no Fórum Social Mundial.
Na ocasião em que muito foi falado sobre a violência no Brasil, também foi lembrado o assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, e Anderson, motorista do Uber, que foram mortos na noite anterior no Rio de Janeiro.
“As denúncias do Fopir condensam as informações do Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Assassinatos de Jovens no Brasil, do Senado Federal e solicita que a ONU realize averiguações in loco para que seja comprovado que o governo brasileiro não está seguindo as recomendações”, afirmou o advogado Daniel Teixeira.
Como uma alternativa aos graves dados sobre a mortalidade da juventude negra apresentados pela pesquisadora Giselle Santos, Lila Lopes apresentou o Projeto Ori, ação afirmativa realizada pelo Instituto IRIS em 2016. “O Ori foi um programa de formação que veio na contramão da realidade que estamos vivendo, e só foi possível graças a todas as parcerias que conseguimos, com a Secult, as universidades, professores e principalmente pelo nosso público, os alunos. Eles abraçaram o projeto, mesmo com todas as dificuldades”, comentou Lila.
O professor Hélio Santos, coordenador o Projeto Ori e presidente do Fundo Baobá, reforçou a importância de existir uma estratégia na implantação das políticas públicas afirmativas. “Precisamos de novas ações, inovadoras, e que estas agora sejam localizadas e implantadas com uma estratégia que entenda que o enfrentamento da desigualdade social é estrutural e racial”, finalizou.
Baixe aqui o documento do Fopir sobre Genocídio.
Baixe aqui Relatório final da CPI do Senado sobre o assassinato de Jovens.