Eleitores: em 2010 votem pela Educação

Ano de campanha eleitoral é sempre um ano muito importante, pois há a necessidade de muita reflexão e atenção em relação às propostas e planos de governo dos candidatos. Depois de eleito não dá mais para mudarmos o nosso voto e nem trocarmos de candidato, obviamente. Sendo assim, fazer do voto um ato consciente e contribuir para a construção de uma proposta de governo eficaz é dever de toda a sociedade democrática. Na medida em que votamos em um determinado candidato, estamos concordando de certa forma e legitimando sua proposta de governo.

Sabendo que a educação é o caminho para a transformação social, para a melhoria da qualidade de vida e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, devemos buscar nas propostas dos candidatos maiores investimentos e compromisso com este tema.

Dados como o analfabetismo de 17,3% (IBGE 2008), analfabetismo funcional de 31,2% (IBGE 2008), evasão escolar de 18 a 20% (SEC –Secretaria Estadual de Educação 2008) e  repetência de 25,5% (SEC – Secretaria Estadual de Educação 2008) não são mais aceitáveis na Bahia. Estes são alguns dos fatores que geram uma taxa de desemprego da ordem de 11,4% da PEA. (PME – IBGE – 2010)

Portanto é fundamental a melhoria da qualidade do ensino público no nosso estado, já que buscamos o desenvolvimento e o crescimento. Para isso, faz-se necessário capacitações continuadas para os professores (a carga horária atual do professor  dificulta a disponibilidade de tempo para a sua formação),  melhores salários, introdução de metodologias inovadoras no currículo escolar, como a arte-educação, fazendo da escola um local prazeroso e resgatando a sua função social. Outra sugestão tão importante quanto as demais é integrar a profissionalização ao Ensino Básico.

Porque nosso ensino médio não forma técnicos em informática? Técnicos em contabilidade? Técnicos na área de saúde como auxiliar de enfermagem, instrumentistas, auxiliar de dentistas, além de músicos e outras profissões? Isto não impede ao aluno que conclui o ensino médio na escola pública ingressar na universidade. O que ele precisa é está bem preparado para concorrer em igualdade com estudantes de escolas privadas da Bahia e do Brasil.
Desta forma, acredito que estaremos dando passos largos para o desenvolvimento econômico e social, além de estarmos contribuindo com a diminuição da violência e do desemprego que são grandes problemas atuais da nossa sociedade.

Izabel Portela é jornalista, professora e atual diretora-presidente do Instituto IRIS.