Instituto Iris

De mulher pra mulher, Marise-se.

Autora: Gisele Valverde

Fonte: @dazzle-jam

 

Acho que escrever esse texto no modo pessoal me fará ser melhor entendida. Falar sobre o fenômeno da natureza que é ser Mulher e como o empoderamento é inspirador exige um local de fala que me compete, e por isso venho trazer algumas ideias sobre o assunto.

Se dar poder, entender o próprio poder, fazer o que se pode: eis os preceitos de uma mulher contemporânea. Nos tempos das avós e mães, o feminismo só não tinha nome, mas já existia. Acreditar que as mulheres possuem potencial de fazer tudo que um homem pode fazer – ou até mais – é algo que muitas concordam, então já estão no movimento sem saber. Nós da nova geração não conseguimos mensurar a importância de tantas outras mulheres que deram as caras a tapa bem antes de estarmos aqui. Foram elas que lutaram para que pudéssemos vestir o que quiser, votar, se divorciar, tirar o tabu da menstruação e até escolhermos os nossos parceiros. Então, já antecipo: obrigada, mulheres da história!

Com as redes sociais, esses discursos sociopolíticos se tornaram cada vez mais latentes e necessários, sendo abordados por pessoas de todas as idades e origens. Mas a mesma rede que apoia e enaltece pode ser aquela que critica, pretere e o pior, silencia. Mas a gente sabe que muito antes do “não” dos outros, a gente já se nega. Se nega a colocar aquele vestido estampado ou justo por achar que vai chamar muita atenção. Se nega a recusar um convite para algum lugar que você não está a fim de ir. Se nega entender que aquela relação já deu o que tinha que dar, mas o medo de ficar sozinha te prende a ela. Se nega a dizer que aquele comentário te incomodou, pra não parecer chata ou indelicada. É, eu sei, não é fácil ser você.

 

Mas quem disse que seria, não é mesmo?

 

O tempo inteiro somos ensinadas a sermos educadas e compreensivas, mas ao menor sinal de insatisfação de nossa parte, nos rotulam como histéricas e radicais. Estar consciente de sua potência é estar constantemente em provações; sempre existirá alguém para testar se você sabe o que é e o que está fazendo. Mas como o empoderamento também se trata de autoconfiança, é só usar de sua sabedoria e sensatez para apertar o botão do F (é, aquela expressão mesmo.) e seguir a vida, plena. Ah, e por falar em plenitude: já se elogiou hoje? O amor precisa ser cultivado de dentro pra fora, então não adianta amar tanto alguém e esquecer do autoamor.

Ao acordar de manhã, agradeça ao Universo por sua vida. beba um copo d’água em jejum, tome um Solzinho no rosto por uns minutinhos e diga para o espelho: “hoje vai ser um dia melhor do que ontem”. Nunca negligencie sua vontade de se mimar com comida ou uma sessão de limpeza de pele; seja a sua maior prioridade. Você tem uma rede de amigos e pessoas que te admiram e não te deixarão sozinha, por isso saiba pedir ajuda quando precisar – é um exercício de humanidade e de humildade. Você não precisa ser forte o tempo todo; se permita chorar, gritar e dizer “estou cansada”, quando for pesado demais. Você merece amar e ser amada de forma leve e genuína; não se permita aceitar migalhas de afeto, sejam elas virtuais ou presenciais.

Sabe quando você ama um sapato mas ele não cabe mais no seu pé? Pois é. É assim que devemos encarar as coisas e pessoas que com o tempo e o amadurecimento, se tornaram dispensáveis por não mais acrescentar – e se não acrescenta, não faz falta. Acho que a partir do momento em que uma mulher entende que ela é capaz de qualquer coisa, ela não volta mais para o ponto de partida. Ela voa, e leva outras mulheres com ela.
Lembra que no início eu disse que queria escrever de maneira mais pessoal? É por que eu precisava ler tudo isso também. Se desconhecer e se reconhecer novamente faz parte do processo, e enquanto mulher, valorizo cada passo dessa trajetória. Isso é empoderamento!

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