Esta diretriz tem sido a mais desafiadora. O conceito de responsabilidade social vem se ampliando para o da SUSTENTABILIDADE, e as organizações  dos três  setores vem buscando  por em prática este conceito, que por sua vez, deixa de focar apenas na dimensão ambiental, e incorpora  o econômico e o social. Não se fala em resultados em nenhum setor, seja o privado, o governamental ou o da sociedade civil organizada, sem falar em sustentabilidade.

Ocorre que por ser algo “novo” e complexo, os caminhos para a implementação desta prática também complexos. O que sabemos é que a sustentabilidade necessita de envolvimento do ser humano com o território, seja qual for a dimensão de territorialidade posta em questão. Seja uma organização empresarial, seja um bairro, uma comunidade, uma escola, uma ONG, qualquer espaço designado ou escolhido para se por em prática o conceito de sustentabilidade. Ocorre que para que haja envolvimento, é preciso que haja disponibilidade de tempo, que não é necessariamente um tempo físico e sim um tempo emocional, subjetivo. Com o envolvimento emocional do ser humano, ou melhor, do indivíduo, o gestor incorporará o cuidado e a preservação na sua prática. O desafio é inovar para por em prática esta filosofia.

 

“Sustentabilidade é  um processo complexo e em conflito constante dentro de um processo democrático”
Massimo Di Felice, 2012.

No ano de 2011 o Instituto IRIS deu continuidade ao seu trabalho de fomento à responsabilidade social buscando contribuir com o desenvolvimento social sustentável.

Através da disseminação da informação, da inovação e da educação passou a utilizar as redes sociais (FACEBOOK, TWITER, FLICKR, YOTUBE) para divulgar de forma ampla as atividades dos seus projetos e das tecnologias sociais desenvolvidas.

Neste ano lançamos o segundo volume da publicação Rodas de Diálogo, financiada pela Fundação Kellogg. Uma publicação dividida em cinco capítulos que abordam desde aprofundamentos teóricos acerca da Responsabilidade Social Corporativa (RSC), até explanações dos palestrantes sobre filantropia, cidadania coorporativa estratégica, e sustentabilidade.

São dois volumes,  o primeiro volume, lançado em 2010, em versão impressa e eletrônica e o segundo  lançado este ano de 2011, apenas na versão eletrônica. Ambos estão para download no nosso site.

Mais uma vez, o Instituto IRIS encubou o Movimento Nossa Salvador MNSSA, através de financiamento da Fundação AVINA. O MNSSA foi lançado em abril de 2011. Também neste ano  foi elaborado o seu planejamento estratégico no mês de junho com o propósito de  fomentar políticas públicas que melhorem as condições de vida da população de Salvador. Também foi lançado o site oficial do Movimento Nossa Salvador que pode ser acessado através do endereço www.nossasalvador.org.br, onde já constam todos os 55 indicadores sociais da cidade de Salvador, bem como as estratégias de organização do trabalho da iniciativa, que espera através da cidadania participativa, melhorar muitos índices de desigualdade social da capital baiana.

Foi encubado também pelo Instituto IRIS o Projeto Correio Nagô, financiado pela Fundação Kellogg e implementado pelo Instituto Mídia Étnica,  uma organização da sociedade civil que realiza projetos para assegurar o direito humano à comunicação e o uso das ferramentas tecnológicas pelos grupos socialmente excluídos, especialmente a comunidade afro-brasileira.

O objetivo do projeto Correio Nagô é construir redes de informação no Nordeste brasileiro e possibilitar uma cobertura dinâmica da atuação dos movimentos negros da região Nordeste do Brasil contribuindo com a visibilidade dessas ações no plano regional, nacional e internacional. Além disso, a proposta visa ampliar o horizonte de estudantes de comunicação da região para aplicação de sua percepção sobre a problemática das desigualdades étnico-raciais e formar novos quadros do setor para atuarem estrategicamente dentro das empresas de comunicação como agentes de transformação.