Instituto Iris

O Instituto IRIS leva Literatura para as Comunidades do Candeal e da Península de Itapagipe

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O Instituto IRIS, com patrocínio da Braskem e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, em parceria com a Pracatum e a Fábrica Cultural, lançou o Projeto Café com Letras, 12 de maio no Candeal e 13 de maio na península de Itapagipe. O objetivo é democratizar o acesso dos moradores às obras literárias e fomentar o acervo das bibliotecas comunitárias, além de realizar dinâmicas de leitura como rodas e saraus.

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                    Mc Xandão e Percussão da Pracatum foram uns dos                                      convidados para os eventos de lançamento do Projeto                                                                              Fotos: Márcio Lima

Para Lila Lopes, superintendente do Instituto IRIS, “O Projeto começou com ‘pé direito’ nas duas comunidades, com grande sinergia entre patrocinadores, parceiros, escola e comunidade! Ao final dos eventos de lançamento, foi emocionante constatarmos a curiosidade das crianças e jovens pelos livros e carrinhos!!”. As ações tiveram uma expressiva participação da comunidade, com apresentação de artistas e poetas locais, a exemplo de D. Sessi Ramos e MCs Xandão e Negrito em Alagados e de alunos de percussão da Escola de música da Pracatum, no Candeal, sobre a regência do maestro José Izquierdo. A poetisa Sessi Ramos de Itapagipe aposta,” escolheram o local certinho para desenvolver esse trabalho! Um bairro cultural que se preocupa em desenvolver as suas crianças!”. Ruth Buarque, Diretora Desenvolvimento Social da Pracatum, em sua fala no dia do lançamento sintetizou a importância desse projeto para o bairro do Candeal, “Atuamos no bairro há 22 anos e ao longo dessa jornada, sempre acreditamos e investimos na educação e na cultura como agentes de transformação social. Acreditamos nesse Projeto, e na força e no poder que a literatura tem. Acima de tudo, acreditamos que a literatura é um direito de todo ser humano!”.

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13227150_949126071870677_4599723026567064295_n                                                                                                                                                                                         A poetisa D. Sessi e Ruth Buarque da Pracatum                                                                                     Fotos: Márcio Lima

Cada local, com apoio dos parceiros, foi traçado o roteiro básico, dias e horários para circulação diária. Além disso, os dinamizadores estarão diariamente parando em escolas, praças, e associações para realizarem oficinas literárias com as crianças e jovens que estão ávidos pela leitura. Identificar pessoas na comunidade que tenham o perfil do Projeto Café com Letras foi o primeiro passo para iniciar a formação. Para Lena Lois, coordenadora pedagógica, “ Como não se trata de uma atividade escolar, tivemos a liberdade de buscar esses mediadores sem a exigência de formação pedagógica. Queríamos pessoas que se sentissem atraídas pela leitura e pela magia que ela carrega. O único fator fundamental era que fossem jovens envolvidos com suas comunidades. Jovens que conhecessem o perfil do local, que identificassem parceiros e que tivessem energia para encarar o grande desafio de estar na rua, circulando com um carrinho que levaria livros e ações de leitura!”. Em seguida iniciou-se o trabalho de formação com embasamentos teóricos sobre o potencial da leitura da literatura, e a apropriação de leituras e práticas de leitura que serão levadas aos seus públicos. Para Lois, “Ouvindo as experiências de cada um, iniciamos um interessante percurso que irá fazer desses jovens importantes protagonistas e modelos de leitores para suas comunidades”.

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              Maísa, Vitória, Elton e Nayara, Dinamizadores do Projeto no                 Candeal, Flávia Veiga da Braskem com crianças de Itapagipe.           Fotos: Márcio Lima

Já na primeira semana de atuação foi possível observar que o acervo começa a ficar pequeno para a curiosidade das comunidades que já retiraram emprestados dois terços dos livros. Os 300 títulos de cada carrinho, inclui exemplares de livros em Vitopaper, papel sintético produzido a partir de plásticos reciclados pós-consumo. Dessa forma, o Instituto IRIS está aberto a doações de livros infanto juvenis para o Projeto, passando pelo crivo de Lois, também curadora do acervo do Café com Letras. Para doações é necessário contatar a sede do Instituto IRIS: 33505526/5337 e informar títulos e autores dos livros a serem doados.

CONCEPÇÃO INICIAL DO PROJETO

O Instituto IRIS, desde a sua origem, com o Instituto Newton Rique, acreditou na literatura, na transformação social através da educação. Como o seu primeiro projeto, o Viagem a Literatura Infanto Juvenil, precisava estar dentro de uma sala de aula, e há um grande numero de pessoas pelas ruas que não tem acesso (adultos, jovens, até mesmo crianças) a uma escola, a uma sala de aula, pensou-se: para as pessoas deixarem de serem analfabetas funcionais não necessariamente elas têm de estarem em uma sala de aula, elas precisam ter o hábito da leitura. Era preciso disseminar esse hábito nas cidades.

Ao invés de fazer com que as pessoas vão para uma sala de aula, levamos o livro onde elas estão: nas ruas, em pontos de ônibus, em suas casas, nos bares, nas calçadas, nas praças. Para Izabel Portela, diretora e co-fundadora do Instituto IRIS, “Essa é uma mudança de paradigma. Ao invés de uma pessoa ir para uma sala de aula para aprender a ler, para discutir leitura, pra ter o hábito da leitura, decidimos levar o livro e a metodologia para perto da pessoa, provável e possível, futuro leitor! Dentro da metodologia de marketing social, é aproximar o produto social ao público-adotante. Isso tem a ver com o marketing social, a fundamentação teórica de todos os projetos do Instituto IRIS. Aproximar o produto do público!”  

Quanto ao formato e nome do Projeto, Portela em conversa com Selma Calabrich da Pracatum, foi pensado em uma forma de disseminar a leitura no Candeal como projeto piloto. Inicialmente surgiu a ideia de ser em carrinhos de mão, posteriormente, Portela visualizou os conhecidos e populares carrinhos de café, muito comuns nas ruas da nossa cidade, serem transformados em bibliotecas móveis. No lugar das garrafas de café, os livros, dessa forma surgiu o nome Café com Letras. Em 2011 o Projeto foi Premiado pela Fundação Pedro Calmon o que possibilitou rodar nos bairros do Candeal e Garcia pelo período de dois meses. Através do Fazcultura e patrocínio da Braskem, este ano tem a sua segunda edição com duração de um ano.

 

 

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